terça-feira, 21 de outubro de 2008

Improvisar é aqui!


Fazer televisão com poucos recursos e criatividade é o objetivo das equipes que produzem os três programas do Estúdio Livre que irão ao ar nesta quarta, quinta e sexta-feira, na TV Universitária (canal 05, na TV aberta e canal 17,da TV à cabo), às 16h45, depois do programa Sem Censura. Fazendo uma viagem no tempo e voltando aos primeiros anos do surgimento da televisão no Brasil percebemos que paixão e força de vontade não é novidade por aqui, quando o assunto é trabalhar com esse prático e ao mesmo tempo poderoso meio de transmissão de informações.

- Para a inauguração da TV Tupi de São Paulo em outubro de 1950, o pioneiro da televisão brasileira, Assis Chateaubriand, importou duzentos aparelhos de TV e os espalhou pela cidade. Na época uma TV custava pelo menos três vezes mais que do uma Radiola sofisticada e pouco menos que um carro, mas era necessário garantir a audiência de alguma forma. Algumas horas antes da transmissão uma das duas câmeras quebrou e o engenheiro responsável pela implantação técnica sugeriu o adiamento da produção, mas Cassiano Gabus Mendes, diretor artístico, decidiu improvisar e fazer tudo que foi ensaiado com duas câmeras usando apenas uma.

- O primeiro telejornal da Tupi “imagens do Dia”, não tinha horários fixos nem para começar nem pra terminar, tudo dependia da sorte; da programação do dia e de possíveis problemas de operação. As reportagens eram feitas com câmeras Auricons de cinema com filme de 16 milímetros. Dependendo da região do país onde estavam, precisavam revelar o filme e levá-lo de avião até o Rio de Janeiro ou São Paulo, onde ficavam os estúdios. Geralmente, eles chegavam atrasados ou simplesmente não chegavam.

- A primeira telenovela brasileira “Sua vida me pertence”, escrita por Walter Foster era transmitida ao vivo em dois capítulos semanais, devido à falta de condições técnicas da TV Tupi.


Com infomações do Tudo Sobre TV